Queria saber administrar a água.
Hoje eu resolvi falar da água. Desde pequena eu só via e ouvia falar da seca pela televisão, achava que era algo distante da minha realidade e que jamais algo tão agravante chegaria a me atingir um dia. Claro que nossa situação de seca ainda não se compara as secas nordestinas mas a concepção atual em relação à falta de chuva, o calor jamais vivido com suas sensações térmicas quase mortais, me colocam a questionar ,o que virá pela frente. Tudo isso ainda não me assustava até que depois de minhas recentes viagens de férias em família me deparei com um cenário o qual me fez acreditar que a seca realmente está alarmante. Em uma delas tive a forte emoção de ver um cenário mineiro totalmente pedindo socorro. A Lagoa dos Ingleses, um dos cartões postais da capital do meu estado tão conhecido pelas belezas naturais, estava ali diante dos meus olhos implorando pela chuva. Administramos tantas coisas em nossas vidas e porque não conseguimos administrar nossos consumos absurdos, arbitrários e muitas vezes desrespeitosos? O mundo clama por socorro. E cada vez mais eu enxergo uma situação quem sabe reversível, mas que poucos têm a mesma consciência da real situação a qual vivemos. Seria possível fazer chover com a polêmica chuva artificial e resolver quem sabe através de partículas de cloreto de sódio ou outros componentes já testados, desde que tivéssemos nuvens no céu. No entanto, os culpados por tantos desastres e situações hoje quase insustentáveis talvez não dessem o mínimo valor a uma gota sequer que caísse do céu. Em meio há tantos questionamentos a água se tornou um objeto de desejo, que aos poucos vem ganhando força comercial. Água agora vale mais que ouro. E detalhe, aquilo que eu via pela televisão hoje eu tenho a infelicidade de assistir muito facilmente. A falta de água gera um descontrole emocional entre a pessoas que se muito agravar chegará as desavenças entre a humanidade. Que triste realidade é essa? Deixo aqui o meu recado em um desabafo particular sobre a falta de água que estamos vivenciando. Creio que se cada um tiver a consciência da contribuição no racionamento da água para que pacientemente possamos aguardar que o fenômeno natural aconteça, isso provavelmente irá minimizar alguns problemas os quais principalmente me assustam: a comercialização do produto natural e os conflitos humanos. Queria saber administrar a água! Mas isso está longe de ser dominado pela raça humana. É o que penso!
